quarta-feira, 25 de abril de 2012

POETA ZÉ DE LOLA CABELEIREIRO PROFISSIONAL: UNIDADE 1 AS CARACTERÍSTICAS DA VIDA

Capítulo 1 características dos seres vivos
Os vegetarianos e a vida
Você sabe o que são vegetarianos? São pessoas que não comem alimentos de origem animal, principalmente carne. Os mais radicais não consomem leite nem ovos. Assim, eles dependem exclusivamente das partes comestíveis dos vegetais, como sementes, raízes, caules e frutos, para sua nutrição. Os vegetarianos têm várias justificativas para sua opção alimentar. Alguns afirmam que os vegetais são "alimentos mais saudáveis, pois não têm as toxinas presentes na carne e nos derivados animais". Outros se dizem a favor de "evitar o sofrimento dos animais", levados ao abate. Certos vegetarianos, ainda, argumentam que comer carne implica "matar um ser vivo", justificando sua atitude como uma questão de "respeito à vida".

Vivos e não vivos?
Mesmo crianças pequenas percebem a diferença entre uma borboleta ou uma formiga, por um lado, e uma pedra ou um pouco de areia, por outro. Um dos critérios mais imediatos para dizer se algo é vivo ou não-vivo é o MOVIMENTO PRÓPRIO: borboletas e formigas se movem espontaneamente; 
Uma pedra, só se for empurrada ou jogada. Um pé de alface não tem, aparentemente, movimentos próprios: é por isso que, quando se fala em seres vivos, a maioria das pessoas pensam nos animais. No entanto, as plantas também são seres vivos, já que, da mesma forma que os animais, elas crescem, produzem descendentes e até se movimentam, embora de forma lenta e imperceptível.
Há também seres vivos microscópicos, como as bactérias e os fungos, nos quais o movimento não existe ou não é percebido. Mesmo assim, esses pequenos organismos são considerados vivos, já que eles crescem e se reproduzem como os seres vivos maiores.

Os seres vivos têm organização celular:
Células: unidades da vida.
Células são pequenos compartimentos vivos. Em geral, são microscópicas e normalmente constituídas por membrana, citoplasma e núcleo. Consideradas a unidade da vida, as células são as menores partes de um ser vivo nas quais se reconhecem as características da vida.

Este organismo microscópico, parecido com uma gota de gelatina e constituído por uma única célula, é uma ameba. Ela pode chegar q 0, 5 mm de comprimento.



Todos os organismos, exceto os vírus (veja a leitura ao final do capítulo), apresentam organização celular. Pode ser unicelulares, constituído de uma única célula, como uma ameba ou uma bactéria, ou pluricelulares, como nós, que somos feitos de muitas células trabalhando em conjunto.
Outra característica importante das células é sua capacidade de se dividir; em outras palavras, uma célula pode originar outras duas. Esse processo é chamado de divisão ( ou reprodução) celular.
Quando estudam as células, os biólogos percebem que existem dois padrões celulares: a célula procariótica e a célula eucariótica.
A célula procariótica é muito mais simples do que a eucariótica e existe apenas nas bactérias e nas cianobactérias,. Tais indivíduos são são denominados procariontes, enquanto todos os demais que apresentam células eucariontes. Veja os esquemas a seguir. Uma célula procariótica típica tem sempre uma membrana plasmática, que permite a entrada e a saída de substâncias, ou seja, as trocas entre a célula e o meio, e um citoplasma simples, composto de um material gelatinoso, o hialoplasma, no qual estão mergulhados os ribossomos, cuja a função é produzir proteínas, constituintes básicos da matéria viva. Solto no citoplasma, não envolvido por membrana alguma, existe ainda um filamento de material genético, a cromatina. Assim, a característica principal da célula procariótica é não ter núcleo definido. 
A célula eucariótica típica é muito mais complexa. Ela também é composta de membrana plasmática, hialoplasma, ribossomos e cromatina, mas tem muitas outras estruturas. Chama atenção, inicialmente, o fato de a cromatina está envolvida por uma membrana nuclear, ou cariótica² . Além disso o hialoplasma é percorrido por uma rede de canais membranosos.
Repare ainda na presença de mitocôndrias, estruturas que liberam energia, e de vários outros orgânulos que serão discutidos mais adiante. 


Esquema de célula procariótica vista em. (Cores-fantasia).

Não coloquei o esquema da célula eucariótica vegetal, mas você poderá ver em qualquer livro do segundo grau, volume1

Os seres vivos se desenvolvem:
Todos os organismos passam por diversos estágios, que vão desde do nascimento até a morte. Um dia todos fomos uma célula única, a célula-ovo, proveniente da união de um espermatozoide e de um óvulo. O ovo logo se transformou numa massa multicelular, que aos poucos se diferenciou, aparecendo os diversos órgãos. Após nosso nascimento, passamos pelos estágios da infância, da adolescência e da idade adulta. De forma inevitável, pelo menos por enquanto, envelhecemos e finalmente morremos. Chamamos desenvolvimento aos estágios pelos quais um organismo passa durante a vida

zigoto (célula-ovo) 1














Embrião 2














Bebê recém-nascido 3














Mulher adulta 4














Óvulo e espermatozoide 
Os seres vivos crescem 
O crescimento é outra característica importante dos seres vivos. Considere um nenê que pese, 3,5 kg. Nos primeiros messe, ele aumenta rapidamente de massa, podendo chegar em pouco tempo a 6 ou 7 kg. De que forma foi produzida essa massa suplementar de corpo? Foi devido ao alimento que a criança ingeriu, principalmente o leite, materno ou de vaca. A criança conseguiu transformar o leite em músculo, sangue, osso, cérebro etc.! É espantoso imaginar que o leite, em última análise, tenha se transformado em matéria viva e produzido o " corpo da criança".


Ao longo de seu crescimento, os seres vivos produzem mais massa corpórea.


Aprofundamento:


Como o alimento se transforma em matéria viva?
Os alimentos que ingerimos contém vários tipos de nutrientes, que, no nosso corpo, irão se transformar em ossos, músculos e sangue, em outras palavras, em matéria viva. Leia o texto usando o esquema abaixo, para ter noção de como isso ocorre. Muitos dos nutrientes dos alimentos são constituídos por moléculas grandes, que não consegue entrar diretamente nas células. Ao passar pelo sistema digestório, essas moléculas são transformadas em unidades menores, durante a digestão, sendo finalmente absorvidas pelo sangue, que as transporta até cada uma de nossas células. Dentro das células, os nutrientes são utilizados como matéria-prima para a fabricação de mais matéria viva celular, num processo de assimilação. Havendo aumento de material celular, as células se multiplicam por divisão, o que permite o crescimento do organismo e a regeneração de tecidos desgastados.




Alimentos








Tubo digestório
(digestão e absorção)








Sangue (transporte no vaso sanguíneo)










Célula (assimilação) Divisão (novas células)
Criança em crescimento desenvolvimento celular.












OS SERES VIVOS TÊM METABOLISMO
No interior das células vivas ocorre uma série  de transformações químicas, que em conjunto são chamadas de metabolismo. Essas transformações permitem, por exemplo, que o alimento seja convertido em mais material vivo, como vimos no item anterior; Que a célula obtenha a energia necessária para crescer, dividir-se e movimentar-se; e que o material genético seja capaz de controlar tudo o que acontece. Quando as reações do metabolismo param, o organismo morre. O esquema a seguir mostra, de forma simplificada, alguns eventos dos metabolismos energético e de construção. para produzir mais matéria viva. A outra parte serve de combustível na respiração celular, em que ocorrerem "queimas" que liberam energia. Essa energia é utilizada para todas as atividades biológicas, como a condução do impulso nervoso, o movimento, o transporte através da membrana etc. 
Esquema: 
Nutrição Nutrientes construtivos. Nutrientes energéticos. Produção de matéria viva. Reprodução celular. Energia. Atividades celulares. Proteínas e outras substâncias  estruturais. Contração muscular. Condução do impulso nervoso. Entrada e saída de substâncias.
Os nutrientes servem basicamente para a produção de matéria viva e para a liberação de energia para as atividades vitais.


Os seres vivos respondem a estímulos: 
Luz,temperatura, pressão, cheiros e sabores são alguns dos estímulos que os animais percebem por meios dos órgãos dos sentidos, e aos quais respondem das maneiras mais variadas possível. As respostas dos animais são fáceis de verificar. Imagine, por exemplo, que você e seus colegas estejam na classe, resolvendo uma prova. Um rojão explode na rua. Todo mundo, imediatamente, olha em direção à janela, de onde veio o ruído. O ruído do rojão um estímulo auditivo, leva os alunos a uma resposta: o movimento da cabeça em direção á janela.


Os dois tipos de nutrição
Há, na natureza, duas formas fundamentais de nutrição: a nutrição autotrófica e a nutrição heterotrófica. Os organismos clorofilados, que representa a maior parte dos seres autótrofos, retiram do ambiente substâncias simples, como a água e o gás carbônico, e as transformam, em presença de luz, substâncias complexas que lhes servem de alimentos, como açúcares, gorduras e proteínas. Esse processo é chamado de fotossíntese. 
Apesar de carnívoro, o animal da foto também depende dos autótrofos.
Os organismos heterótrofos, caso dos animais, incluindo o ser humano, também necessitam de açúcares, gorduras e proteínas. No entanto, por não serem capazes de fabricar essas substâncias diretamente, precisam obtê-las alimentando-se de outros seres vivos, vegetais ou animais. Na realidade, todos os heterótrofos  acabam sempre por depender, diretamente ou indiretamente, dos autótrofos.



Os vegetais também respondem aos estímulos do ambiente, embora não percebamos isso diretamente. O caule das plantas, por exemplo, cresce em direção a luz, enquanto suas raízes se afastam dela, enterrando-se no solo em busca de água. Plantas carnívoras, quando estimuladas pelo inseto que nela pousa, fecham suas folhas, aprisionado-o 




A habilidade de responder a estímulo favorece, geralmente, a sobrevivência. Um animal depende da sua visão, de sua audição e de seu olfato para caçar e para fugir de seus pedradores. Dependemos da dor para percebermos estímulos que representa perigo, e isso faz com que os evitemos. No caso da planta, crescer em direção à luz, por exemplo, favorece a ocorrência da fotossíntese, permitindo sua nutrição.  

Os seres vivos se reproduzem
O DNA é a marca da espécie 
Os organismos vivos sabem fabricar, com muita competência, "miniaturas" de si próprios: é por meio da reprodução que as espécies³ animais e vegetais mantêm-se ao longo das gerações, conservando suas características fundamentais. De que jeito as "informações próprias de cada espécie" são conservadas de geração em geração? Isso tem que ver com o material genético presente no núcleo da célula, a cromatina, que é constituída, principalmente, por uma substância chamada DNA,

ácido desoxirribonucleico . O DNA existe em praticamente em todos os seres vivos e contém a programação genética da espécie, ou seja, todas as informações relativas às características daquele tipo de ser vivo. Uma importante propriedade do DNA: antes de uma reprodução celular, ele é capaz de duplicar-se.  Em seguida, porções idêntica  de DNA são distribuídas para duas células-filhas resultantes, que terão, assim as mesmas capacidades. Espécie é um grupo de seres vivos do mesmo "tipo", que se cruzar entre si na natureza, produzindo descendentes férteis, isto é, também capazes de se reproduzir...Fica fácil de entender agora o mesmo que mantém as características da espécie. Cada espécie tem DNA de um certo tipo, que contém as informações daquela espécie. O DNA de cães é diferente do DNA de pássaros. Quando os cães se reproduzem, transmite a seus filhos DNA da espécie "cão", e isso assegura que o descendente se desenvolva como um novo cãozinho. A transmissão de caracteres de pais para filhos é feita por meio do DNA. (Esquema com representações fora de proporção entre si. Molécula de DNA em cores-fantasia.) depois tirar foto

A ovelha Dolly, os clones e o poder do DNA
A palavra clone está na moda. Os meios de comunicação divulgaram, em 1997, a notícia de que o cientista escocês Lan Wilmut conseguiu fazer um clone de uma ovelha, que ele chamou de Dolly. Mas o que são exatamente clones?
O termo "clone" significa "cópia idêntica". Dois gêmeos univitelinos nada mais são. na verdade, do que clones, já que se originaram de um único óvulo fecundado por um espermatozoide e, por isso, possuem DNA extremamente igual. Veja a figura da página seguinte, que mostra a reprodução assexuada do paramécio: uma única célula se divide em duas, exatamente iguais quanto ao conteúdo genético. Aqui também estamos diante de clones. No caso de animais como a Dolly, os clones são obtidos da seguinte forma: num óvulo enucleado (do qual foi retirado o núcleo), enxerta-se um núcleo obtido de um indivíduo da mesma espécie. O "ovo" assim obtido se desenvolve, formando um indivíduo idêntico àquele que doou o núcleo.No caso, a ovelha Dolly é idêntica ao animal do qual foi obtido o núcleo, porque ambos possuem o mesmo DNA. Os dois tipos de reprodução A reprodução pode ser sexuada ou assexuada.Na reprodução sexuada, são fabricadas células especiais, chamadas gametas, que são, nos animais, os espermatozoides e os óvulos 4. A união de óvulo e espermatozoide, chamada fecundação, resulta numa célula-ovo, que passa pelas várias fases do desenvolvimento, como vimos antes.Na reprodução assexuado, como a que existe em muitos unicelulares, não há produção de gametas. A foto abaixo mostra um unicelular, o paramécio, reproduzindo-se assexuadamente: a única célula do paramécio divide-se em duas, formando dois paramécios idênticos.  



Os seres vivos evoluem
Evoluir é mudar 
       As espécies vivas modificam-se lentamente no decorrer do tempo, ou seja, evoluem. Essas modificações, na maioria dos casos, são tão lentas e pequenas que não as percebemos. Na realidade, normalmente as espécies são bastantes estáveis, levando centenas de milhares de anos para acumular modificações que possam ser notadas.


Evoluir é adapta-se
As espécies sofrem mudanças no decorrer do tempo; no entanto, elas geralmente conservam aquelas características que as tornam mais aptas a sobreviver. Assim as mudanças que permitem uma maior adaptação da espécie ao ambiente são, além de mantidas, transferidas de uma geração para outra.


Não é de estranhar, portanto, que as espécies de animais e vegetais atuais se mostrem bem adaptadas ao ambiente específico em que vivem. O bico de um beija-flor, por exemplo, tem a forma "certa" para retirar o alimento de flores em forma de cálice. Plantas do deserto, como os cactos, têm folhas transformadas em espinhos, de superfície pequena, evitando, assim, a transpiração excessiva. As cobras, por causa das escamas que possuem, têm a pele quase impermeável e, como os cactos, também conseguem viver em ambientes muito secos, sem temer a desidratação.



Mais aprofundamento
O parentesco entre os seres vivos


A teoria de que as espécies presentes na terra atualmente descendem, por evolução, de espécies ancestrais 5 é hoje aceita por todos os biólogos. Essa ideia surgiu com o estudo dos fósseis, que revelou alguns fatos:
a) os organismos que vivem hoje na terra nem sempre existiram;
b) dependendo da época estudada, encontram-se fósseis diferentes;
c) as espécies de muitos fósseis encontrados já se extinguiram;
d) os fósseis de espécies distintas têm semelhanças com as espécies atuais.
         Esses dados sugerem que as espécies atuais evoluíram a parti de espécies ancestrais, dos quais ainda conservam várias características. Acredita-se, por exemplo, que o grupo dos anfíbios (como sapos e rãs) evoluiu a partir de um dos grupos de peixes, anteriores a eles na história da Terra. Um fato interessante: os anfíbios, na sua fase jovem, quando são chamados de girinos, são exclusivamente aquáticos e respiram por brânquias, como os peixes; já quando adultos, têm pulmões e podem viver no ambiente terrestre.


Em resumo: a caracterização da vida. 
Os seres vivos normalmente:
* têm estrutura celular, sendo constituídos de uma ou mais células, procarióticas ou eucarióticas.
* desenvolvem-se, passando por diversos estágios desde o nascimento até a morte.
* crescem, aumentando de tamanho, e mantêm sua estrutura, repondo o material desgastado.
* apresentam metabolismo, por meio do qual recompõem sua estrutura e obtêm energia; sua nutrição pode ser autotrófica ou heterotrófica.
* respondem a estímulos do ambiente, aumentando suas chances de sobrevivência, e são dotados de movimentos.
* reproduzem-se e transmitem as características da espécie através do DNA.
* evoluem como espécie, no decorrer do tempo.


Leitura
Vírus: o limite entre o vivo e o não-vivo


Vírus são organismos minúsculos, muito menores do que a menor das bactérias, e cuja existência foi reconhecida somente em 1935. São visíveis apenas ao microscópio eletrônico. Os vírus não têm estrutura celular: neles não existem nem membrana plasmática nem citoplasma, apenas um pedaço de material genético (DNA ou RNA), envolvido por uma capa de proteína.
Outra característica interessante dos vírus é o fato de serem parasitas obrigatórios; somente se reproduzem e têm metabolismo quando estão no interior das células de outros organismos. O vírus utiliza todas as "ferramentas" da célula parasitada, assim como suas "matérias-primas", para fabricar dezenas de cópias idênticas de si próprio. Com isso, a célula hospedeira pode ser destruída, e as vária cópias do vírus infectam em seguida outras células semelhantes. 
Os vírus, você já percebeu, não apresentam todas as características dos seres vivos discutidas neste capítulo. Assim mesmo, não existe dúvida de que sejam seres vivos. Apesar de não terem estrutura celular, apresentam material genético; apesar de não terem as "ferramentas" utilizadas no metabolismo e na reprodução, conseguem realizar essa funções no interior de células vivas. Estando foro de uma célula, ficam tão inertes quanto os cristais de uma substância química, como o sal de cozinha ou o bicarbonato de sódio. Quando parasitam uma célula, porém, mostram atividade vital.
além disso, demonstram clara capacidade de evoluir.
Os vírus, sem dúvida alguma, representam o limite entre o vivo e o não-vivo.


Fotomicrografia,  colorida artificialmente, dos vírus de uma doença que ataca as folhas do fumo, chamada mosaico do tabaco. esse vírus mede cerca de 280nm de comprimento (1 nm = 0,000001 mm).


Interpretando a leitura
1. Utilizando as informações da leitura e o que você aprendeu no capítulo, justifique a afirmação: "Os vírus não podem ser classificados como procariontes nem como eucariontes".
2. O metabolismo dos vírus, ou seja, sua capacidade de operar transformações químicas, ocorrem somente em condições muito especiais. Que condições são essas?
3. construa uma tabela relacionada as características que os vírus possuem e que permite considerá-los seres vivos e as características que eles não possuem, mas que existe nos demais seres vivos.


Atividade: 
desenvolvendo habilidades.
Você aprendeu, neste capítulo, que uma das características das espécies vivas é a capacidade de evoluir, ou seja, de mudar ao longo do tempo. Essa mudança está ligada, quase sempre, ao fenômeno da adaptação do grupo ao ambiente. 
As atividades que propomos neta seção darão a você uma noção do papel do ambiente nos mecanismos da evolução.


1. Leia com atenção o texto abaixo. Em seguida, discuta com seus colegas de grupo as questões relacionadas a ele.


A resistência ao DDT

A ação inseticida do DDT ( diclorodifeniltricloroetano) foi descoberta em 1939 pelo químico suíço Paul Müller, que pesquisava substâncias que pudessem controlar pragas agrícolas. 
Assim, o DDT começou a ser usado na década de 1940, com muito sucesso.
Uma das vantagens do seu uso consistia no seguinte fato:
não era muito tóxico para os seres humanos, mas era letal para os insetos. Outra vantagem provinha do fato de ele ter um efeito residual, isto é, sua toxidez se mantinha no ambiente mesmo depois de um certo período de tempo.
O DDT chegou a ser considerado o inseticida mais potente e eficiente já descoberto.
Ao final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), uma epidemia de tifo se declarou em Nápoles. Como essa doença é causada por uma bactéria transmitida pelo piolho, nesta ocasião o DDT foi pulverizado maciçamente na Itália, protegendo tanto a população civil quanto as forças aliadas que ocupavam o país. O DDT também foi utilizado em várias regiões da Europa para combater mosquitos do gênero Anopheles, transmissores de malária, tanto durante a guerra como depois dela. Paul Müller chegou a ganhar o prêmio nobel, em 1948, em reconhecimento às muitas vidas humanas salvas pelo uso do DDT na época do pós-guerra.


Depois da guerra, esse inseticida começou a ser usado de forma intensiva na agricultura, com a finalidade de exterminar insetos que constituíam pragas para a lavoura, e causava um imenso prejuízo em termos de produção de alimento. No início, o sucesso foi grande. Aos poucos, no entanto, percebeu-se que algumas populações de insetos se tornavam resistentes ao DDT, e a eficiência do produto diminuía. Isso fazia com que os fazendeiros aplicasse cada vez mais maiores do inseticida, com cada vez menos sucesso.


De que maneira os insetos "adquiriram" resistência ao DDt? Estudos cuidadosos mostram que a presença do DDT não provoca resistência nos insetos. È importante entender que os atributos " resistências ao DDT ou "não-resistência ao DDT" são genéticos, e não causados pala presença ou ausência do inseticida. O que acontece é que em populações de insetos há indivíduos naturalmente resistentes e outros não-resistentes, sendo que os não-resistentes são a maioria em populações que não tiveram contato com o inseticida. Já em ambientes onde se usa o DDT, essa substância mata os insetos não-resistentes, mas os insetos resistentes sobrevivem e, ao se reproduzirem, transmitem essa característica (que não se esqueça, é hereditária) para seus descendentes. As populações assim "selecionadas" acabam sendo constituídas, aos poucos, por uma maioria de insetos resistentes ao inseticida. Veja então que o DDT atuou como um agente selecionador, "escolhendo" na população escolhendo os insetos naturalmente resistentes, e dando a eles maiores probabilidades de sobrevivência e de reprodução. 
Responda, agora, às questões seguintes: 
a) Os insetos que atacam uma lavoura, de acordo com o texto, podem ser resistentes ou não-resistentes ao DDT. Do que depende essa característica, segundo o texto?
b) em um ambiente onde se usa grande quantidade de DDT, acaba ocorrendo o predomínio de insetos resistentes à substância. Utilizando as informações do texto, explique como isso ocorre.
* O DDT combate eficientemente as bactérias causadoras do tifo.
* O DDT pulverizado numa lavoura pode fazer com que um gafanhoto não-resistente fique resistente à substância.
* Os descendentes de insetos não resistentes são normalmente não-resistentes.
* O fato de o DDT permanecer muito tempo no ambiente (efeito residual) pode representar um perigo para os organismos que fazem parte desse ambiente.
 2. Vamos ´propor um problema hipotético, que você tentará resolver usando tudo o que aprendeu na atividade anterior.
Sempre que necessário, peça ajuda ao professor.
Nu ilha deserta, muito afastada do continente, e na qual predominavam plantas de frutos grandes e muito duros, um biólogo soltou pássaros da mesma espécie, mas de três variedades diferentes quanto ao tamanho e à resistência do bico, características transmitidas por hereditariedade, ou seja, de pais para filhos. Foram soltos, no total, 600 pássaros, sendo 100 casais de cada variedade.
Cem anos depois, alguns pesquisadores capturaram, em três momentos diferentes, pássaros daquela espécie, sendo os resultados mostrados na tabela abaixo:
'http://campinagrande.olx.com.br/carros-cat-378



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